JUSTIFICATIVA:

 

Minuto de silêncio: Paulo Arlindo Baddini

 

José Jesus Vicente

Agência BOM DIA

 

Arquivo Pessoal

 

Foi enterrado ontem, no cemitério Pax, em Sorocaba, o corpo do engenheiro de cálculo Paulo Arlindo Baddini. Ele tinha 71 anos e morreu na quarta-feira, vítima de um infarto.

 

Formado pela USP (Universidade de São Paulo) na década de 60, o sorocabano nascido na Rua Santa Clara, centro da cidade, se especializou na França e fez o cálculo de dezenas de obras no município, entre eles o da Fadi (Faculdade de Direito) e o da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, que integra o Complexo Educacional Salesiano, no bairro Mangal.

 

"Ele era um calculista preciso. Adorava fazer isso, principalmente de estruturas metálicas, que era sua especialidade", conta o amigo e também engenheiro Adalberto Nascimento.

 

Além de engenheiro, Baddini ainda lecionou por mais de uma década na Facens (Faculdade de Engenharia de Sorocaba), escola que ele também projetou. 

 

Casado com a gaúcha Marília Pereira da Silva, com quem viveu 40 anos e gerou quatro filhos, o neto de italianos - que herdou dos antepassados, o falar alto com as mãos em movimento - era um apaixonado pela família, pelas viagens ao Rio Grande do Sul e pelo time do Palmeiras. "A tristeza era pelos filhos, pois influenciados pelo tio [Ivan], se tornaram todos são-paulinos", lembra Paulo, o primogênito.

 

Na sexta-feira passada, após sofrer um derrame de proporções leves, Baddini ficou internado uma semana. Anteontem, poucas horas depois de deixar o hospital, sofreu o ataque e morreu.

 

10.2.1937

 

15.5.2008

 

Desafiador dos números e boa prosa

 

Para Adalberto, lembrado pela família como o melhor amigo de Baddini, o engenheiro dos cálculos era um desafiador dos números. "Ele gostava tanto de desafios que vivia conferindo os cálculos dos livros", recorda o amigo.

 

Em uma dessas conferências, ele descobriu um erro de cálculo e a ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) reconheceu a descoberta e alterou a norma.

 

O calculista também adorava música clássica e jazz e, freqüentemente, presenteava o "irmão" Adalberto com algumas canções. "No dia 7 mesmo ele me  mandou e-mails com links de várias peças clássicas", diz Adalberto, que o classifica como um sábio de boa prosa.

 

Fonte: Jornal Bom Dia Sorocaba, de 16 de maio de 2008.

 

S/S., 13 de maio de 2010.

 

FRANCISCO MOKO YABIKU

Vereador.